"Vencer a si próprio é a maior das vitórias." Platão, filósofo grego, autor de A República (428-347 a. C.)

20 setembro 2006

Palestra debate a superação do MEDO DE DIRIGIR



Palestra debate a superação do

MEDO DE DIRIGIR


As psicólogas Carmen Doris Reichelt e Alexandra Bello Guse realizaram palestra sobre o Medo de Dirigir no dia 18 de setembro, com a presença de 60 pessoas. Foi identificado que na maioria das vezes a pessoa com medo de dirigir percebe-se como uma "intrusa", acreditando estar atrapalhando o trânsito. Não se autoriza a errar uma manobra, pois caso isto ocorra coloca-se na posição imaginada de alvo das críticas.

Mas, a
Clínica Saúde & Bem Estar, Andradas 1234, conj. 1601, fone 3228 63 82, oferece a solução através de um programa integrado de manejo de ansiedade no trânsito com reconstrução da habilidade para dirigir, bem como da auto-estima, através de uma abordagem cognitiva comportamental. O aluno com carteira de habilitação tem o acompanhamento semanal de uma psicóloga tanto para as atividades de planejamento como nas saídas de carro.



A ansiedade e o medo de dirigir


O medo de dirigir é tema do artigo “Da ansiedade à fobia” (Mestre e Corassa, 2000), onde se pode observar uma importante contribuição destas duas pesquisadoras em psicologia. Oferecem dados que documentam como a ansiedade constante e excessiva torna-se uma fobia. Os achados são considerados de validade cientifica, já que são observados tanto no ambiente onde foram pesquisados (Paraná), como em nosso estado.

"Ao longo da prática de atendimento clínico às pessoas com medo de dirigir, Corassa foi registrando um padrão típico do comportamento: de cada dez pessoas que procuram o Centro de Psicologia Especializado em Medos (CPEM) com essa dificuldade, oito já têm a carteira de habilitação e o carro na garagem, são pessoas que já foram ao órgão competente - DETRAN - , e o examinador disse: "OK, você está apta a dirigir!" Porém a pessoa diz NÃO a si mesma. É comum a "queixa" de que o teste foi muito fácil, por isso ela não se acha em condições de estar no trânsito, tamanho o grau de exigência consigo mesma. A complexidade da vida, ela a leva para o carro. São pessoas que fazem ou já fizeram coisas mais difíceis do que dirigir. Em função disso, prepararam-se para uma dificuldade maior; mesmo que o outro a aprove, ela continua se achando incapaz."(Mestre e Corassa, 2000)

Fonte: http://www.cwb.matrix.com.br/cppam/pub03.html

Para quem tem medo de dirigir, a idéia de guiar um carro, ou simplesmente sentar-se ao volante, pode elevar o grau de ansiedade a um ponto de sofrimento tão grande que assemelha-se a um estado de pânico.

Em Ballone (2005) encontramos:
“Para quem dirige, normalmente sentar-se no banco do carro, dar partida, engatar a marcha e sair com o carro são ações tão naturais e automáticas quanto escovar os dentes ou levar um copo à boca. Entretanto, para muitas pessoas, a simples idéia de guiar um carro pode causar verdadeiro pânico. Algumas pessoas desenvolvem Fobia do volante, mesmo depois de algum tempo de direção normal.”

Fonte:
Ballone GJ -Medos, Fobias & Outros Bichos in. PsiqWeb, Internet - disponível em http://www.psiqweb.med.br/, revisto em 2005




A psicologia cognitiva aprofunda o conhecimento

e aprimora as estratégias para vencer o medo de dirigir.


Medo de Dirigir

Medo de dirigir é uma espécie de ansiedade intensa e excessiva relativa a idéia de dirigir.

É percebido como "falta de prática" ou "insegurança" e até mesmo interpretado como um estado de "pânico" em relação a intenção de dirigir.


A marca registrada do medo é a evitação

A evitação representa uma tentativa de proteger-se contra o sofrimento gerado pela ansiedade decorrente da interpretação de que haverá riscos na ação de dirigir.

Encontramos em Ballone (2005 ) que
“em todos os Transtornos Fóbico-Ansiosos pode ocorrer uma ansiedade de antecipação, fazendo com que o quadro ansioso apareça antes mesmo da pessoa deparar-se, de fato, com a situação de medo, ou seja, no caso do indivíduo pressentir a necessidade de se deparar com a situação de sua fobia. Essas situações fóbicas são, freqüentemente, evitadas de forma franca ou dissimulada.”

Fonte: Ballone GJ - Transtornos Fóbicos-Ansiosos, in. PsiqWeb, Internet, disponível em http://www.psiqweb.med.br/
, revisto em 2005


Para saber mais ...

Bibliografia

BALLONE, Geraldo. Neurofisiologia das Emoções - in. PsiqWeb Psiquiatria Geral, Internet, 2002 - disponível em http://www.psiqweb.med.br/cursos/neurofisio.html. Acesso em 18/05/2004

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