"Vencer a si próprio é a maior das vitórias." Platão, filósofo grego, autor de A República (428-347 a. C.)

14 agosto 2006













Alto índice de resolução.

Pois, "só não consegue quem desiste", frase é de uma ex-aluna, que atingiu seu objetivo de independência e tranqüilidade para dirigir.

Este desempenho no tratamento está ancorado no tipo de abordagem e na experiência da equipe.

São 7 anos trabalhando com a linha cognitivo-compotamental, com método e técnica específica para a resolução da ansiedade no trânsito.


Material da Imprensa sobre como

VENCER O MEDO DE DIRIGIR

Jornal do Comércio – PA – Viver – fim-de-semana, 15, 16 e 17 de junho de 2001

Comportamento no Trânsito

O medo de dirigir tem cura


Dona Iolanda (nome fictício) morre de medo de dirigir. Como a urgência de seus compromissos depende do automóvel, ela convidou o filho, menor de idade, para ser seu motorista. Acabou transgredindo várias leis do trânsito. A situação de Dona Vera é ainda pior: começava a tremer assim que chegava perto do carro. Então resolveu entregar a direção de seu carro para um parente, que cultivava o habito de “tomar umas e outras” e ainda sofria de “pavio curto”.
Para ajudar quem sofre destes distúrbios, a psicóloga Carmen Doris Joseph Reichelt criou o workshop “Vencendo o Medo de Dirigir”.

Ela diz que a fobia é “um medo persistente e excessivo de um lugar, objeto ou situação, que de fato não é perigoso”. Este medo provoca um comportamento de constante evitação de lugares, objetos ou situações, mesmo quando o paciente reconhece que não há fundamento em preocupação.

Carmen Reichelt explica que o pensamento negativo pode levar à ansiedade fóbica , que varia de intensidade: de leve, ao pânico. Entre os sintomas físicos , aparecem palpitações, tonturas, sudorese e tremores. Entre os comportamentais, esquiva, fuga ou congelamento; emoções como o medo, raiva e depressão. E há os pensamentos catastróficos do tipo: “vou sofrer um acidente”, “vou perder o controle”, ou “vou enlouquecer”, além da perda da confiança, diminuição da auto-estima e dependência em relação a outras pessoas.

O medo de dirigir, claro, também pode estar ligado à trajetória de vida de cada pessoa (superproteção de família, repressão paterna, exigência de não poder falhar, acidentes de carro ...). Mas aí, há uma diferença entre o que se denomina stress Pós-Traumático e Fobia.


Pânico no exame final

O depoimento da relações públicas Marina, 30 anos é revelador: “Acho que fiz pelo menos umas 25 aulas de direção, com dois instrutores muito legais (leia-se pacenciosos). E me saia bem nos pontos mais complicados, como fazer as balizas e arrancar nas lombas. Também gabaritei a prova teórica de 30 questões, algumas bem no estilo pega-ratão. Mas a coisa complicou no exame final. Nos dois que fiz simplesmente bateu o pavor, quando aqueles caras, totalmente desconhecidos sentaram ao meu lado. Não sei se todos os avaliadores são assim, mas os dois que me acompanharam não fizeram questão de demonstrar um mínimo de compreensão. Bailei nos dois exames. No primeiro porque não consegui controlar a tremedeira; no segundo, um pouco mais tranqüila, porque esqueci de dar dois sinais de pisca ... Então desisti. Um dos motivos foi financeiro, porque vai uma boa grana nesta função de pagar aulas. O outro foi por indignação, agente roda por esquecer de dar um pisca e, nas ruas, 90% dos motoristas ignoram completamente o uso deste equipamento.

Carmen Doris Reichelt diz como a pessoa pode controlar seu medo.

A terapia cognitivo comportamental, conforme diz a psicóloga Carmen Doris Reichelt, utiliza diferentes estratégias para tratar a evitação e a recuperação dos déficits que impedem a pessoa de dirigir.

Uma dica é o enfrentamento. “No primeiro dia, a pessoa deve apenas entrar e sair da garagem, dias depois arrisca mais um pouco e dá uma volta na quadra, para aqueles ainda não possuem carteira de habilitação a orientação que as saídas sejam feitas sempre acompanhadas de um instrutor credenciado pelo DETRAN”, sugere.

Para os que estão ao redor, ela recomenda que valorizem cada conquista, incentivando o desenvolvimento da auto-estima na pessoa.

Outra saída está relacionada ao controle dos níveis de ansiedade. Os fatores que provocam a ativação do sistema nervoso (adrenalina) não duram mais do que dois ou três minutos, mas impedem qualquer clareza de idéias. Para recuperar ou nem perder o controle, entram os processos de relaxamento, alongamento e controle da respiração. “Muitas pessoas dizem que estão sem ar, quando na verdade estão cheias de ar”, diz. Para evitar a hiperventilação, conte cada movimento de respiração (expiração e inspiração) por um minuto. Monitorando a respiração regularmente é possível determinar quando os episódios de hiperventilação ocorrem, se são eventuais ou não. A técnica da respiração lenta pode ser feita no primeiro sinal de ansiedade ou pânico, ou antes de enfrentar uma situação difícil. Uma dica: imediatamente prenda a respiração e conte até 10, quando terminar a contagem coloque o ar para fora. Inspire e expire lentamente, num ciclo de três segundos cada. Isto produzirá uma atividade respiratória de 10 respirações ( expiração e inspiração) por minuto. Diga a você mesma a palavra “relaxe” toda a vez que terminar de esvaziar os pulmões.


Hélio Barcellos Jr.


Matéria do Jornal da Zona Sul